Esse promete!
Confiram esta nota do colunista Dacio Malta, publicada no Dia Online. Nosso saudoso Engenheiro deve estar sorrindo de orelha a orelha, orgulhoso de seu pupilo, por esse début em grandíssimo estilo!"Carlos Lupi estreou, quarta-feira, na função de ministro do Trabalho. O primeiro ato foi assinar um convênio com o colega equatoriano Antonio Gagliardo, que acompanhava a visita do presidente Rafael Correa a Brasília.
A solenidade foi às 11h, no Palácio do Planalto , mas Lupi só tomou conhecimento de que deveria comparecer a ela uma hora e meia antes. Procurou saber o que iria assinar e informaram-lhe que era um ato para a erradicação dos trabalhos escravo e infantil nos dois países .
Na solenidade, o primeiro a discursar foi Reinhold Stephanes, por ser o ministro mais velho. Em seguida foi a vez de Lupi, que discorreu sobre o tema do convênio. Depois mais quatro ministros discursaram. Na hora dos equatorianos, Gagliardo quis saber há quantos anos Lupi comandava a pasta do Trabalho.
— Comecei hoje. Esse é o meu primeiro ato — respondeu Lupi meio encabulado.
— Companheiro — disse o equatoriano — V. Exª deu mostras de que conhece o assunto profundamente. Gostaria que me ensinasse a aprender tão rápido.
Lupi, orgulhoso, seguiu para a recepção no Itamaraty. Era um almoço com lugares marcados e a metade do ministério estava lá. O único que teve assento na mesa do presidente — são sempre mesas de oito pessoas — foi Lupi.
Quando Lula levantou para se servir, Lupi foi atrás dele: “Presidente. Deve ter alguma coisa errada. Colocaram-me na sua mesa, mas tem ministros muito mais importantes que eu no almoço”.
E Lula: ‘Na minha mesa, senta quem eu quero’.
Lupi ficou ainda mais contente. Acha que, pelo menos no primeiro dia, ele está com a bola toda."
As folhas dos castanhais que margeiam o Boulevard Saint Germain deram, esta semana, os seus primeiros sinais de vida . Tímidas, como se chegassem a uma festa sem conhecer uma só pessoa, elas vão, aos poucos, reconfigurando a paisagem. Daqui a uns dias, já não haverá mais nenhum sinal do inverno que passou. Os galhos, antes nus, estarão escondidos debaixo de uma densa e frondosa folhagem. Talvez não seja o suficiente para trazer de volta o sorriso perdido dos parisienses. Mas, para os que sabem aproveitar, já será um descanso na loucura diária da vida...


